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quarta-feira, 2 de abril de 2014

SÃO PAULO - O AVESSO DO AVESSO DO AVESSO DO AVESSO

Ah Sampa.....quem dera ser eu a te traduzir. Foi lá que passei meus melhores momentos nos últimos 10 anos. Foi nessa cidade cheia de concreto que vivi meus momentos mais abstratos. Passei por ruas, visitei lugares, experimentei sabores e conheci pessoas que jamais vou esquecer. Reencontrei a vida, o amor e a paz. Volto sempre que posso pra viver o amor e celebrar a vida em São Paulo. Se Santos me remete à infância, São Paulo me remete ao presente.


Edifício COPAN São Paulo SP


Diferentemente do Rio de Janeiro, e apesar de vivido um tempo nesse lugar, eu ainda não conheço bem a sua geografia. Não sei distinguir um bairro do outro, nem tampouco pretendo, pois São Paulo para mim é um delicioso mistério que não canso de desvendar.

A lembrança mais remota que tenho de São Paulo é do bairro da Pompéia onde morei quando tinha apenas 3 anos de idade. Lembro bem do apartamento que ficava numa rua íngreme e de caminhar pelo centro segurando a mão de minha mãe.

Dentro de seus limites estão localizadas algumas das mais importantes atrações paulistanas – como o lendário bairro do Bixiga, com suas cantinas,teatros e festas populares, e o Museu de Arte de São Paulo. Das famosas cantinas de São Paulo, a mais conhecida é a Famiglia Mancini, na rua Avanhandava. Bem típica e talvez a mais famosa.

Famiglia Mancini



Ao lado da Famiglia, havia o Gigetto, outro tradicional restaurante de São Paulo, que agora mudou para a rua Treze de Maio. Lá também pude conhecer vinhos e massas deliciosas que fazem desse lugar um sucesso entre intelectuais, artistas e clientes assíduos na noite paulistana há 75 anos.
Restaurante Gigeto


Mas nesses anos todos de idas e vindas de Sampa, pude conhecer não só restaurantes e cantinas famosos (depois falo mais sobre eles). Há tantas atrações nessa megalópolis que claro, não pretendo aqui falar de todas, mas algumas que, sinceramente, não posso deixar de mencionar. Além do Masp, Museu do Ipiranga, Museu da Língua Portuguesa, a Pinacoteca, o Teatro Municipal, o Parque do Ibirapuera, o Mercado Municipal, há inúmeros pontos turísticos que nem sempre estão nos roteiros populares. 
Mas nada se compara com um passeio noturno pelas ruas de São Paulo. Da Avenida Paulista, à Ponte Estaiada, Viaduto do Chá. Imperdível. Podem acreditar, não há nada mais romântico do que um passeio noturno pelas ruas de São Paulo.
Teatro Municipal/Viaduto do Chá/Estação da Luz


Se o programa for com crianças, um dos lugares mais divertidos para eles é o Catavento Cultural e Educacional no Brás, são mais de 250 atrações científicas divididas em quatro espaços interativos. Nas férias ainda há programação com atividades musicais, espetáculos circenses e até rodas de capoeira. Vale a pena.
Catavento Cultural



Um outro programinha imperdível é tomar um café da manhã natureza no Parque Água Branca aos sábados de manhã e aproveitar e visitar a feirinha de produtos orgânicos que rola no local.
Parque Água Branca



Um dos lugares mais inusitados que pude conhecer e que, confesso, um dos passeios mais bonitos que já fiz dentro de São Paulo, foi na cidade universitária da USP. Mas esse é um passeio que deve ser feito com alguém que conhece o local, porque não é fácil de andar por lá.
USP






























Bom, é claro que existem vários parques e praças que merecem uma visita também. o Horto Florestal é um desses parques. Localizado Zona Norte da Capital, ocupa área de 174 hectares, tem pista de caminhada, palco para eventos, área de piquenique, playground, pista de Cooper, equipamentos de ginástica, bicas de água potável, lagos e o Museu Florestal. Abriga, ainda, o Palácio de Verão do Governo do Estado.

Horto Florestal


E para terminar a noite, nada como tomar um capuccino, café ou chocolate quente numa das deliciosas padarias da grande São Paulo. Muitas ficam abertas 24h. Eu, particularmente, amo uma em especial uma que fica na São Carlos do Pinhal, no Bela Vista - a Pão de Ló. Foi nesse lugar que, depois um encontro que não aconteceu, eu vivi uma coisa que jamais imaginei que iria viver aos 50 anos - um pedido de namoro!




Padaria Pão de Ló




Cidades Sem Fome: Projeto usa áreas abandonadas para fazer crescer a dignidade em favelas de São Paulo



Pensei: ‘Se vou morar aqui, preciso fazer algo’”. Foi com essa frase que o administrador de empresas alemão Hans Dieter Temp começou aquela que é hoje a ONG “Cidades Sem Fome”, um exemplo de sustentabilidade real que está engajando famílias e mudando cenários.

Após se casar, Hans mudou-se com sua esposa para Suzano, município que fica na zona leste de São Paulo e faz parte da maior metrópole do país. Incomodado com um terreno baldio ao lado de sua nova casa, Hans conversou com o dono e disse que poderia fazer uso daquele pequeno espaço de maneira melhor, cultivando uma horta. Ao começar a sua horta e mudar a paisagem de sua rua, o alemão chamou a atenção dos vizinhos e, rapidamente, havia ali uma horta comunitária, ao invés de um terreno abandonado.

A prefeitura de Suzano chegou a convidar Hans a gerenciar um projeto de agricultura urbana na cidade, mas o projeto não durou muito tempo. Para dar continuidade ao que acredita ser a melhor forma de aproveitar os espaços das grandes cidades, Hans fundou, em abril de 2004, a ONG “Cidades Sem Fome”.

Hoje, a organização conta com mais de 20 hortas espalhadas por regiões em vulnerabilidade social de São Paulo, emprega mais de 100 pessoas diretamente e beneficia centenas de outras pessoas de forma indireta.

Entre as técnicas utilizadas, está a compostagem. Todos as folhas e pedaços de vegetais que sobram dentro dos sistema são reincorporados em forma de adubo orgânico. O rodízio de culturas também é um ponto a ser destacado. Na mesma área, são produzidas diversas espécies de plantas. Isso garante maior aproveitamento de espaço e melhora da performance das defesas naturais das hortaliças contra pragas. Nada de defensivos ou adubos químicos.


Na prática, Hans elaborou um sistema que garante grande produção de hortaliças e legumes em pequenos espaços e seu projetos pode mudar a vida de muitas outras pessoas para a melhor. A comunidade ganha acesso a alimentos frescos e orgânicos produzidos por eles mesmos e uma profissão, já que a venda destes vegetais traz renda e dignidade às famílias participantes.

A ONG sobrevive de doações de pessoas físicas, governos e empresas.




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