QUARTO DIA - MUNIQUE TERÇA 10/10/2017
A viagem de trem de Salzburgo á Munique foi maravilhosa. Saímos de Salzburgo perto de meio dia e ao preço de 11 euros por pessoa. Viagem deliciosa, paisagens belíssimas. O interior, tanto da Áustria quanto da Alemanha, é de uma beleza ímpar. A parte baixa dos Alpes é um dos elementos da paisagem.
Chamou-me a atenção o cuidado dos pastos e plantações. Parecia que todo o caminho (cerca de 150 km) fora gramado e as propriedades cuidadosamente jardinadas.
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Salzburgo - Munique |
Ah Munique. Que surpresa maravilhosa. A principal cidade da Baviera, realmente é uma cidade linda, arborizada, com grandes avenidas, monumentos espetaculares, prédios suntuosos, praças lindas, lojas elegantérrimas. AMEI..
Munique tem aproximadamente 1,5 milhão de habitantes, é a terceira mais populosa da Alemanha, atrás de Berlim e Hamburgo. Em 2012 foi considerada a 4ª cidade mais habitável do mundo.
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Munique - Alemanha |
Chegamos por volta das 14h30 e fomos direto ao hotel que fica próximo à estação ferroviária. Ficamos no Brunnenhof City Center, na Schillerstrasse 36, Ludwigsvorstadt. Um hotel três estrelas que, na minha opinião, fica abaixo dos três estrelas europeus. Não que seja ruim, mas depois do flat de Viena fica difícil apaixonar por algum outro quarto de hotel. A região é central. Um lugar cheio de imigrantes árabes e turcos, cheio de restaurantes e hotéis e algumas casas de stripteaser.
Deixamos as coisas no hotel e fomos explorar Munique.
Pegamos o metro e fomos para a famosa Marienplatz, que é um dos lugares mais movimentados da cidade.
Aqui vale uma explicação sobre o sistema de metros de Munique. O bom é que o ticket vale em todos os tipos de metro. O U-Bahn é o metrô comum. Enquanto que o S-Bahn é como um trem interurbano que vai para cidades próximas menores. O Tram é uma espécie de bondinho sobre trilhos. E por fim os ônibus, que diferente dos nossos aqui no Brasil, sempre informam qual a próxima parada. Quanto ao passe, prefira comprar o Day Ticket, que existe em duas modalidades: 1 ou 3 dias. O passe “single” é único e só vale uma viagem.
Pegamos a linha U3 que nos levou até Mariensplatz. Chegamos em cima da Glockenspiel na Marienplatz (praça) que é um ícone. Conjugada à Prefeitura (rathaus), os sinos tocam durante 5 minutos, apresentando contos alemães tradicionais com figuras de metal em tamanho real. Há cavaleiros montados e cortesãos rodopiando uma vez por dia – junto com praticamente todos os turistas da cidade.
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Mariensplatz - Munique |
No horário em que chegamos a Marienplatz não deu para ver o espetáculo do Glockenspiel. E continuamos andando pela Graggenauer Viertel, fomos parar na Odeonsplatz. Localizada a cerca de 10 minutos à pé da Marienplatz, a grande praça onde se situam o Feldherrnhall, a Theatinerkirche, uma das entradas do Palácio Residenz e a entrada dos jardins do palácio (Hofgarten). Certamente merece ser visitada.
Essa praça teve um importante papel na época do nazismo, sendo palco de discursos históricos de Adolph Hitler. Nossa visita ficou um pouco prejudicada porque enquanto estávamos na praça, começou a chover, o que deixou o enorme vão bem vazio (a praça parece ser normalmente bastante movimentada).
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Odeonsplatz - Munique |
Deixamos a Odeonsplatz para trás e fomos procurar algum lugar para comer. Andamos pela Brienner Str. e Platz der Opfer des Nationalsozialismus até chegarmos na Maximiliansplatz. É lá que fica a Trinity Church, uma igreja em estilo barroco bavariano que, segundo os historiadores, foi a única área do centro de Munique que não sofreu danos durante a Segunda Guerra Mundial.
Foi lá que encontramos o ASADO STEAKHOUSE, um restaurante com cortes de carnes argentinos. A principio achamos que poderia estar fechado pelo horário (17h30). Entramos e estava aberto. Foi o lugar mais caro que comemos nessa viagem. O lugar é sem dúvida muito agradável, muito bem decorado, musica excelente, e por ser um horário não muito convencional estava semi vazio. Pedi uma carne obviamente, um Rumpsteak mediando de 180 gr. (é o que eu consigo comer) veio servido com uma salada tipo ceaser,batata assada e um creme, e um tipo de pão assado com alho de guarnição. O outro prato foi um File Steak de 250 gr. com a mesma guarnição,mais um chopp, um suco de laranja e uma coca cola, três cafés, tudo no valor de 72,70 euros (quase 300 reais)
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Asado Steakhause |
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Filet Steak mediano 180g |
Do restaurante partimos pelos arredores de Maximiliaenplatz, chegamos até Wittelsbach Fountain e continuamos pela Elisenstrabe, Sonnenstrabe até chegar ao hotel. No caminho fomos apreciando as lindas lojas da avenida e paramos no Supermercado Müller e compramos algumas coisinhas para levarmos ao hotel. Gastei em torno de 11 euros. As coisas fabricadas por lá são muito mais baratas do que as fabricadas no Brasil por exemplo: chocolate Milka, que originalmente é suíço mas que hoje é fabricado na Alemanha, custou 0,95 centavos de euros, algo em torno de R$ 3,80...muito barato. Aqui a mesma barra custaria R$ 12,00. A mesma barra de chocolate Garoto custa R$ 6,00. Outro exemplo são as nozes que 200 gr. custam centavos de euros. Nossa castanha de cajú, as mesmas 200 gr custam aqui no Brasil R$ 17,00. As do Pará custam, também aqui no Brasil R$ 25,00. E assim por diante.
Fomos descansar no hotel e saímos a noite para comer e beber em alguma cervejaria local. Munique é famosa pelas cervejarias. Perto do hotel conhecemos o Schiller Braeu, um pub com cerveja alemã artesanal, excelente atendimento e preço compatível. Local frequentado por gente de todas as nações, mas especialmente alemães. A caneca de cerveja de meio litro custa 3,80 euros, uma porção de batatas fritas custa em torno de 10 euros. Muito gostosa servida com pedaços de bacon e um molho delicioso. Pelo que pude perceber não é um local muito conhecido por brasileiros, mas vale a pena conhecer.
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Schiller Breau - Munique
https://www.schiller-braeu.de/ |
QUINTO DIA - MUNIQUE E HERRSCHING QUARTA 11/10/2017
Acordamos com o propósito de fazer uma programação bem extensa: visitar o Deutsches Museum, o mais famoso de Munique e depois irmos a Herrsching am Ammersee, um local mágico ao sul da Baviera que merece um post especial. Tomamos café no hotel (razoável, cheio de comidas típicas) e partimos para o museu que fica próximo ao hotel.
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Brunnenhof Hotel - Munique |
No caminho paramos para ver a linda paisagem do Rio Isar que banha Munique...simplesmente um cartão postal.
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Rio Isar - Munique |
Aqui vou relatar nossa visita ao Deutsches Museu que é o museu dedicado às ciências e, segundo alguns especialistas, maior museu de tecnologia do mundo. E não duvido. Foi fundado em 1903, ficou muito danificado na segunda guerra, mas foi totalmente restaurado reabrindo eu 1948. O Deutsches possui cerca de 20.000 objetos catalogados em 50 categorias. Há algumas exposições que vão a um nível de detalhamento impressionante. Vale muito à pena conhecer especialmente para quem gosta de mecânica e física e quem estiver com crianças. Ficamos lá por cerca de três horas e vimos apenas uma parte do museu. Adorei a parte náutica e aeronáutica. Imagino que os aficionados devem amar essa área. O Ingresso ao Deutsches Museu custa 11 euros por pessoa e você pode visitar tudo.
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Deutsches Museum - Munique |
No topo do prédio há um mirante onde se tem uma vista belíssima de Munique. É muito interessanteir até lá e capturar belas imagens.
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Topo do Deutsches Museum - Munique |
Na saída fomos até a estação pegar um trem até Herrching, uma maravilhosa surpresa nessa viagem.Confesso que não fazia ideia da beleza do lugar. Fiz um post especialmente para detalhar o passeio.
Voltamos no final da tarde. Nem fomos para o hotel, mas direto ao Schiller Braeu tomar um chopinho gelado (mais ou menos, pois percebi que lá não servem nada tão gelado como aqui).
No dia seguinte, pegamos um onibus cedinho para Praga. Outra surpresa maravilhosa!!!
ENERGIA QUE VEM DO SOL
Uma coisa que me chamou muita a atenção durante viagem até Praga foi a quantidade de placas solares instaladas nas propriedades rurais pelo caminho...milhares...um tipo de "plantação" absolutamente inusitado. Depois fui pesquisar e vi que a Alemanha é o país que mais gera energia solar per capita e o segundo maior produtor de solar do mundo em números absolutos, atrás apenas da China. Em dias úteis, a solar chega a atender a um terço da demanda de energia do país. Os resultados impressionam, ainda mais se considerarmos que a Alemanha é um país de baixa incidência solar. Regiões brasileiras que menos recebem sol, por exemplo, têm mais luz solar do que a média alemã.
Como a Alemanha chegou a esse patamar?
Para começar, o país precisou adotar uma tarifa subsidiada para energia limpa – uma estratégia para fazer com que as renováveis pudessem competir com tecnologias já estabelecidas. Essa tarifa é paga não pelo contribuinte, mas pelo consumidor, com uma sobretaxa determinada na conta de luz. Outra medida adotada foi a desregulamentação do setor, permindo que qualquer empresa que queira comercializar energia possa ter acesso à rede para vender eletricidade. Isso abriu as portas do mercado para pequenas e médias empresas, além de cooperativas de famílias e agricultores. Por fim, a Energiewende determinou que a preferência para entrar na rede é das energias renováveis. Isso significa que o governo só começa a consumir energia gerada nas usinas fósseis após ter consumido, primeiro, a produzida pelo sol e vento.
Essas regras tiveram o efeito colateral de aumentar a conta de luz em cerca de € 2 por quilowatt/hora. Mas esse aumento não parece ter provocado grandes impactos no orçamento familiar da população – a Alemanha tem a menor taxa de inadimplência no pagamento de eletricidade da União Europeia. Além disso, essa sobretaxa tem data de validade. A legislação determina que ela seja progressivamente reduzida de acordo com o preço das energias renováveis – e os preços estão em queda. Nos últimos dez anos, o preço da energia solar caiu 74%.